sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

2º ano - Impressionismo - Breve comentário

Impressão: Sol nascente (1872), Claude Monet. A pintura é a impressão de um
porto visto a partir das névoas marítimas.

 Impressionismo

A partir da década de 1870, a realidade deixa de ser a referência para os artistas. Os artistas trabalhavam cada vez mais conscientes de que estão expressando a natureza como sugestão e não como representação. Nas artes plásticas, a nova preocupação dos pintores é captar o dinamismo que a técnica, a ciência e a modernidade havia introduzido no cotidiano das pessoas. Os pintores vão expressar o efêmero, isto é, a rapidez e a constante variação da realidade. Essa nova percepção técnica é chamada de Impressionismo. Essa nova escola artística se desenvolveu na França e caracterizava-se por ser um modelo de pintura que consistiu em traduzir pura e simplesmente a impressão de objetos ou paisagens percebidas pelos sentidos.
Alguns pintores, descontentes com o rigor e o elitismo da tradição estética em vigor, reuniram-se em 1874 e organizaram uma exposição no ateliê do fotógrafo Nadar, no Boulevard des Capucines, havia uma tela do pintor Claude Monet bastante singular: Impressão: Sol nascente.

La Grenouillère, 1869. Pierre-Auguste Renoir.

 
Louis Leroy, um crítico pedante e tradicional, considerou o nome do quadro ridículo e se referiu ao grupo de artistas de impressionistas. Afastando-se do teor pejorativo, o nome pegou e contrariando o crítico, os pintores impressionistas provocaram uma revolução no mundo das artes.
A célebre exposição contou com 30 artistas que expuseram 165 obras. Os nomes mais representativos do movimento impressionista e do seu entorno foram Claude Monet, Camille Pissarro, Alfred Sisley, Auguste Renoir, Berthe Morisot, Éduard Manet, Edgar Degas e George Seurat.
A técnica impressionista “Para essa nova maneira de ver, era imprescindível uma nova maneira de pintar. Os artistas não mais representarão as formas tal como sabem que elas são, mas tal como as veem sob a ação deformadora da luz. Eles abandonaram então alguns dos princípios tradicionais da arte pictórica. É banido o desenho-contorno que defi ne com precisão a forma e sugere o volume.” (O impressionismo, de Maurice Serullaz, p. 8-9).
Percebemos que, a partir dos pintores impressionistas, os artistas se conscientizaram artisticamente, ou seja, eles passaram a “sugerir” aquilo que estão pintando, enfatizando os efeitos de luz e cor. Ocorre a dissolução da fi gura que é pintada com contornos menos nítidos, diferentemente da arte realista.
Dançarinas na paisagem, 1897. Edgar Degas.



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