Em 2007, o livro Ponte para Terabítia, da
escritora norte-americana Katherine Paterson, foi adaptado para o cinema pelo
estúdio Disney. É um filme que nos lembra que a criança não tem uma “vida
fácil”. A infância é repleta de dificuldades: os pesadelos dos primeiros dias
da escola, o medo dos colegas maiores, o temor de fazer algo estúpido na frente
de todo o mundo.
A
história é ambientada em uma zona rural dos Estados Unidos. O seu protagonista
é Jesse Aarons, garoto tímido e solitário, que assume as responsabilidades de
casa devido à constante ausência do pai. Ele esta na quinta série e seu maior
desejo é se tornar o mais rápido corredor da sua sala. Contudo, ele perde a
corrida para uma aluna novata, chamada Leslie Burke. Jesse descobre que ela é
sua nova vizinha, filha de escritores que se mudaram para o interior em busca
de ares mais tranquilos. Leslie também fica constantemente sozinha, assim como
Jesse. Para compensar a ausência familiar, juntos eles criam um bosque mágico,
onde sonhar é deixar de lado os sufocantes problemas da vida real.
Leslie
e Jesse batizam este mundo fantástico de Terabítia. Contudo, esse lugar corre o
risco de ser destruído pelo Senhor das Sombras. As personagens deverão lutar
contra este ser maléfico que é auxiliado por terríveis trols e águias peludas.
A fantasia e o real se esbarram continuamente nesta aventura, pois entre uma
viagem e outra para Terabítia, onde são rei e rainha, Jesse e Leslie têm que
voltar para as suas vidas comuns. O diretor húngaro Gabor Csupo, também responsável
pela animação Rugats-Os anjinhos, captou muito bem o espírito do livro. Ele
conseguiu construir uma aventura intensa e mágica, sem menosprezar a
inteligência do público infanto-juvenil, além de nos ensinar que a fantasia e o
real são dimensões necessárias para a nossa vida.
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