Et ignotas animum dimittit in artes… Assim como o nosso arquétipo grego, Dédalo, arquiteto e artista, temos a ambição de elevar o nosso espírito até as artes desconhecidas. Através deste espaço digital, temos o intuito de promover vãs divagações sobre Literatura, Mitologia, Cinema, Quadrinhos e assuntos afins. Sou um guardador de rebanhos e os rebanhos são todos os meus Sonhos...
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
1º e 2º ANO - Felicidade Clandestina e outros Contos
Olá, segue abaixo o link do conto Felicidade Clandestina, da escritora Clarice Lispector, que está acompanhado de outros contos. Esse texto é um das mais belos relatos acerca do amor pelos livros.
http://www.4shared.com/office/LeiNURCk/clarice_lispector_-_felicidade.html
sábado, 26 de janeiro de 2013
OS GIGANTES MOAIS – OS HABITANTES DO UMBIGO DO MUNDO
Os gigantes de pedra, conhecidos
como moais, são os moradores mais célebres e misteriosos do lugar mais distante
do planeta, a Ilha de Páscoa (no meio do oceano pacífico, a 4.100 km do Taiti e
a 3.700 km da costa do Chile). São mais de mil estátuas espalhadas pela praia
da ilha.
Elas
foram construídas há mais de mil anos pelos primeiros habitantes da ilha,
navegadores de origem polinésia. Esses
colonos polinésios instalaram-se na ilha denominando-a de Rapa Nui (ilha
grande) ou Te Pito o Te Henua (“o umbigo do mundo”). O nome moderno da ilha foi
dado pelo navegador holandês Jacob Roggeveen, por tê-la descoberto, em um Domingo de Páscoa, em 5 de abril de 1722.
A
pergunta é: como essas magníficas estátuas foram construídas, visto que,
aparentemente, seus construtores não possuíam um sofisticado sistema de engenharia
e arquitetura para esculpi-las e deslocá-las com extremo cuidado? Os moais
foram esculpidas a partir de pedras vulcânicas e representam, de maneira
estilizada, um torso humano masculino de orelhas grandes e sem pernas. As suas
dimensões são variáveis medindo entre 4,5 a 6 metros de altura e podendo pesar
de 1 a 27 toneladas.
São
centenas de homens gigantescos que lançam o olhar impassível para a superfície
da Ilha de Páscoa, observando os horizontes. Eles são uma forma de homenagear
os líderes mortos e isso explica a razão de quase todos estão de costas para o
mar, vigiando a ilha, onde ficavam as aldeias. Os nativos contam que essa
formação é uma maneira dos moais protegerem Rapa Nui. Segundo o povo rapa nui,
cada tribo possuía seus moais e acreditavam que de seus olhos emanavam energia
para o seu povo.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Link para artigo de Leyla Perrone-Moisés
Link para o artigo, publicado no site da folha de São Paulo, pela professora e pesquisadora Leyla Perrone-Moisés, intitulado "Longo adeus à Literatura"
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/941210-o-longo-adeus-a-literatura.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/941210-o-longo-adeus-a-literatura.shtml
Link do artigo Quanto vale uma pesquisa literária ou como não ser um costureiro de citações.
Link para baixar o artigo "Quanto vale uma
pesquisa literária ou como não ser um costureiro de citações"
Quanto vale uma pesquisa literária ou como não ser um costureiro de citações.
A graduação é um lugar propício para a geração de conhecimento,
observando-se que, neste nível de estudo, as pesquisas realizadas têm um
caráter formativo. No entanto, nosso curso é de licenciatura, muitos alunos
nunca pensaram em participar de algum grupo de pesquisa. É claro, este curso
visa à formação de professores, mas o professor que não for, também, um
pesquisador estará a meio caminho de penetrar em um ostracismo intelectual.
Em Outubro de 2006, os componentes do grupo
de pesquisa “Espaço de leituras: cânones e bibliotecas” (posteriormente, o
projeto do grupo foi modificado e rebatizado como “Bibliotecas
pessoais: escritores, historiadores e críticos literários”), durante
uma semana, entrevistaram alunos de semestres variados do Curso de Letras, da
Universidade Federal do Ceará. A pergunta proposta foi a seguinte: Quais são as
principais dúvidas e problemas enfrentados ao tentar iniciar e desenvolver uma
pesquisa literária?
Foram
ouvidos muitos depoimentos interessantes, mas a queixa recorrente, a principal
barreira que gera um grandioso receio aos estudantes é o despreparo em relação
à metodologia de pesquisa. Passado alguns anos, observamos que esse problema
ainda é recorrente entre os alunos de Letras.
O curso de letras contempla o estudo das línguas estrangeiras,
lingüística e literatura e, lamentavelmente, não possui una disciplina de
metodologia científica. No caso da Literatura, não existindo disciplinas sobre
investigação literária, os alunos aprendem uma pequena noção de metodologia na
marra, quando são incumbidos pelos professores a realizar trabalhos escritos e
seminários. Desde cedo, o aluno deverá ter em mente, que cada professor possui
uma metodologia de trabalho com o texto literário. Alguns professores deixam
nítida a metodologia específica para os alunos trabalharem em seus trabalhos.
Outros professores só mostram o tema da pesquisa e não apresentam nenhuma
indicação metodológica.
Vivemos
numa época em que a ciência alcançou um status
privilegiado. Pessoas desavisadas ao pensar em produção acadêmica, ambicionam
imediatamente um retorno material do conhecimento trabalhado durante a
pesquisa. Esta questão é citada, pois ainda existem estudantes que vinculam a
literatura à metodologia das ciências exatas. A maneira de trabalhar do
pesquisador literário não é compatível
com essa metodologia, porque a literatura possui suas próprias
especificidades metodológicas.
Baseado
nas dúvidas dos estudantes apresentaremos algumas características da
metodologia empregada pelas Ciências exatas e pela Literatura.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
domingo, 6 de janeiro de 2013
OFICINA INTRODUÇÃO À METODOLOGIA DE PESQUISA EM LITERATURA E GÊNEROS ACADÊMICOS.
Ministrante: Profº. Ms. Charles Ribeiro
Onde: Sala 06 do Curso de Letras (UFC).
Quando: de 09 a 11 de Janeiro/ 8:00 às 10:00.
RESUMO
Há diferenças significativas entre realizar uma pesquisa em Literatura e
em Ciências exatas. A diferença essencial está no objeto de estudo e o modo
como tratá-lo. Os objetos de estudo do pesquisador em Literatura são os textos
literários: romances, contos, poemas, peças de teatro, ou mais especificamente, um personagem de uma
novela, o espaço de uma narrativa, o modo como o poeta trabalha o tempo, um
procedimento formal. Contudo, para o aluno do curso de letras essa conscientização do
fazer literário e de sua investigação não é processo simples. Verificamos que
ainda há muitas dúvidas para os jovens pesquisadores como: o que pesquisar?
Quanto tempo durará a pesquisa? Qual a relevância de um trabalho crítico? Qual
a diferença entre o artigo acadêmico e o ensaio? Esta oficina tem o intuito de
discutir a natureza, a estrutura e a metodologia de uma pesquisa na área de
Literatura, além de apresentar os gêneros acadêmicos referentes às etapas e aos
níveis específicos de uma pesquisa. O trabalho divide-se em três etapas:
exposição e conceito de pesquisa e de
metodologia científica. Depois, apresentaremos as diferenças entre a
metodologia científica (embasada pela ciência e pelos princípios racionais) e
as metodologias das Ciências Humanas, enfatizando as especificidades da
investigação literária. Após esta contextualização, apresentaremos os
pormenores da estruturação de uma pesquisa e seus principais gêneros
acadêmicos, além de enfatizarmos as normas
referentes à ABNT. Para a fundamentação teórica e discussão dos
conteúdos desta oficina, utilizamos a obra Como
se faz uma tese, do crítico italiano Umberto Eco; o livro organizado pelo
professor Hélder Pinheiro, Pesquisa em
Literatura; de Marilena Chauí, Convite
à Filosofia; de Eduardo Portella, Fundamento
da investigação literária; de João Álvaro Ruiz, Metodologia Científica e o ensaio de Alfredo Bosi “Interpretação da
obra literária”, do livro Céu. Inferno: Ensaios
de Crítica Literária e Ideológica.
Jorge Luís Borges e a Arte Poética
ARTE POÉTICA
Tradução de Rolando Roque da Silva
Mirar o rio, que é de tempo e
água,
E recordar que o tempo é outro rio,
Saber que nos perdemos como o rio
E que passam os rostos como a água.
E sentir que a vigília é outro sonho
Que sonha não sonhar, sentir que a morte,
Que a nossa carne teme, é essa morte
De cada noite, que se chama sonho.
E ver no dia ou ver no ano um símbolo
Desses dias do homem, de seus anos,
E converter o ultraje desses anos
Em uma música, um rumor e um símbolo.
E ver na morte o sonho, e ver no ocaso
Um triste ouro, e assim é a poesia,
Que é imortal e pobre. A poesia
Retorna como a aurora e o ocaso.
Às vezes, pelas tardes, uma face
Nos observa do fundo de um espelho;
A arte deve ser como esse espelho
Que nos revela nossa própria face.
Contam que Ulisses, farto de prodígios,
Chorou de amor ao avistar sua Ítaca
Humilde e verde. A arte é essa Ítaca
De um eterno verdor, não de prodígios.
Também é como o rio interminável
Que passa e fica e que é cristal de um mesmo
Heráclito inconstante que é o mesmo
E é outro, como o rio interminável.
E recordar que o tempo é outro rio,
Saber que nos perdemos como o rio
E que passam os rostos como a água.
E sentir que a vigília é outro sonho
Que sonha não sonhar, sentir que a morte,
Que a nossa carne teme, é essa morte
De cada noite, que se chama sonho.
E ver no dia ou ver no ano um símbolo
Desses dias do homem, de seus anos,
E converter o ultraje desses anos
Em uma música, um rumor e um símbolo.
E ver na morte o sonho, e ver no ocaso
Um triste ouro, e assim é a poesia,
Que é imortal e pobre. A poesia
Retorna como a aurora e o ocaso.
Às vezes, pelas tardes, uma face
Nos observa do fundo de um espelho;
A arte deve ser como esse espelho
Que nos revela nossa própria face.
Contam que Ulisses, farto de prodígios,
Chorou de amor ao avistar sua Ítaca
Humilde e verde. A arte é essa Ítaca
De um eterno verdor, não de prodígios.
Também é como o rio interminável
Que passa e fica e que é cristal de um mesmo
Heráclito inconstante que é o mesmo
E é outro, como o rio interminável.
ARTE POÉTICA
Mirar el río hecho de
tiempo y agua
y recordar que el tiempo es otro río,
saber que nos perdemos como el río
y que los rostros pasan como el agua.
Sentir que la vigilia es otro sueño
que sueña no soñar y que la muerte
que teme nuestra carne es esa muerte
de cada noche, que se llama sueño.
Ver en el día o en el año un símbolo
de los días del hombre y de sus años,
convertir el ultraje de los años
en una música, un rumor y un símbolo,
ver en la muerte el sueño, en el ocaso
un triste oro, tal es la poesía
que es inmortal y pobre. La poesía
vuelve como la aurora y el ocaso.
A veces en las tardes una cara
nos mira desde el fondo de un espejo;
el arte debe ser como ese espejo
que nos revela nuestra propia cara.
Cuentan que Ulises, harto de prodigios,
lloró de amor al divisar su Itaca
verde y humilde. El arte es esa Itaca
de verde eternidad, no de prodigios.
También es como el río interminable
que pasa y queda y es cristal de un mismo
Heráclito inconstante, que es el mismo
y es otro, como el río interminable.
De El Hacedor (1960)
y recordar que el tiempo es otro río,
saber que nos perdemos como el río
y que los rostros pasan como el agua.
Sentir que la vigilia es otro sueño
que sueña no soñar y que la muerte
que teme nuestra carne es esa muerte
de cada noche, que se llama sueño.
Ver en el día o en el año un símbolo
de los días del hombre y de sus años,
convertir el ultraje de los años
en una música, un rumor y un símbolo,
ver en la muerte el sueño, en el ocaso
un triste oro, tal es la poesía
que es inmortal y pobre. La poesía
vuelve como la aurora y el ocaso.
A veces en las tardes una cara
nos mira desde el fondo de un espejo;
el arte debe ser como ese espejo
que nos revela nuestra propia cara.
Cuentan que Ulises, harto de prodigios,
lloró de amor al divisar su Itaca
verde y humilde. El arte es esa Itaca
de verde eternidad, no de prodigios.
También es como el río interminable
que pasa y queda y es cristal de un mismo
Heráclito inconstante, que es el mismo
y es otro, como el río interminable.
De El Hacedor (1960)
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